2008-06-22

Parque de Diversões

O vazio que não foi preenchido quando ela foi embora pela porta do fundo
Se tornou aquilo que mesmo sem entender, apenas servia como exemplo do que se devia ser seguido
Se por um lado tinha alguém corrompido pela sua própria inferioridade
Por outro, as coisas pareciam estar mudando para algo que deixaria de ser colorido

O que foi perdido naquele dia, não foi apenas a pequena vontade ínfima de continuar respirando
Foi também a última lágrima saturada que já estava se secando
Porém, mesmo dentro daquele desespero, aquilo apenas lhe deixava mais conformado
De viver pela metade, de não achar aquele que lhe completa

Dos seus pequenos sonhos, que foram esfarelados bem diante dos seus olhos por aqueles que lhe tanto gostavam
Daquelas pequenas frágeis pessoas, que apenas ficaram num canto rindo da remota possibilidade de todas aquelas ameaças se tornarem realidade

O vazio que continuou por aqueles dias intermináveis, continuou corrompendo vagarosamente a alma daquelacoisa
No chão tão limpo que chegava a dar náuseas, fora aonde persistiu em encontrar o descanso
Não daquele sofrimento, mas sim do resto do mundo

O mundo perfeito que ruirá na verdade não passava do seu pequeno falso parque de diversões
Sem cores, sem vento e sem aquela coisa que anda de um lado para o outro 
A visão, nunca será a verdadeira de sua própria existência

Aquilo que continuava incompleto, não queria mais fingir ser completo
Não queria mais fingir viver
E não queria mais fingir ser triste.

"Quero apenas a verdade", foi o som que fez a porta a ser fechada para o mundo externo

Um comentário:

Anônimo disse...

foda cara :/